domingo, 19 de fevereiro de 2012

Cinema Mudo




As poesias tristes que escrevo
não passam de desabafos
em preto e branco.
De alguém que não quer falar.
Feito o vagabundo do cinema mudo que,
sem palavras se expõe e se mostra
à todos.
Tímido e irreverente ele fala em silêncio
sobre as dores que assombram suas
intermináveis noites!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tão Iguais

Quando a poesia toda seca
e a alma se curva e peca.
Tornamo-nos mais mortais.
Somos todos tão iguais!

Não fosse o sol a brilhar,
não fosse o prata da lua;
E meu peito iria parar.
Não fosse a minha pele e a tua.

Refletir é preciso!
É urgente qual amar.
Vagar a deriva não é,
Vagar, vagar e vagar,...

Nos breus que caminhas,
não me sinto lá;
não te sinto cá.
Tuas entranhas não são minhas!