domingo, 29 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sereno

Vivia eu, por intermináveis momentos
das palavras que tão bem ornavas,
devaneios, desvarios, sentimentos
diretamente em meu ser, sussurravas.

Eis que surge a inércia da razão
a iluminar o doce da penumbra amante,
de soslaio, dissolve-se a sedução
inimiga sórdida, vil e inconstante.

Mas se desagrada-te em meu existir
meu jeito estranho de amar
milhões de estrelas ainda haverão de sorrir
quando a lua tristonha fugar.

E eu, sereno e grisalho,
chorarei por tua ausência.
Tal gota, fria, de orvalho
das noites de minha querência!

domingo, 22 de abril de 2012

Eu Te Parabenizo

Pelo sonho sonhado,
pelo beijo não dado.
Pelo carinho abortado,
o sorriso amarelado.
pelo peito rasgado
e pelo ousar sufocado.

Eu te parabenizo
pelo teu aniversário,
e te afago,
e te choro.
Mirando inerte, o calendário.

Mas também te desejo sorte,
te desejo vida
e te desejo amor.
Que tu aches um norte.

Aquele abraço que não nasceu,
que virou a utopia
da noite sem lua
em que tudo foi breu.

Aquele abraço não vai morrer.
Fica guardado na memória;
na gaveta das coisas
que poderiam acontecer!

domingo, 15 de abril de 2012

Carcereiro

E Veio o dia,
sorrateiro;
No poste um passarinho,
festeiro;
Passa a carroça do pão,
ah, o cheiro!
Ladra o cusco ao pangaré,
rotineiro!

Nem lembro se era junho
ou janeiro;
Talvez dois pares de décadas,
tão ligeiro.
Cena que a memória guardou
em cativeiro.
E graças ao bondoso sabiá,
trigueiro,
é que volto no tempo e, liberto.
Neste exato momento;
Sou nostálgico carcereiro!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sintonia

Amanhece lentamente:
Sinto cheiro de verde,
som de pássaros,
barulho de córrego.
Sinto o calor do sol
que vem vindo,
O doce de amar e
te ver sorrindo.

Firmo a vista,
pois que lá fora;
já é dia.
E cá dentro
é sintonia!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

Musa






Reverso?
Anverso?
E por pensar
demais
eu me disperso.
Desconverso,
em devaneios
submerso.
Perdido em teu
universo.
A procurar em
teus detalhes,
a nascente,
dos meus
versos!

domingo, 1 de abril de 2012

Indigno

Sou indigno!
E uso palavras poucas
salpicadas num refrão.
Misto de sílabas roucas
e vindas do coração.

Mas eis que fé e amor
convivem em harmonia.
feitio de vaso de flor,
que perfumam o meu dia.

E assim, eu te suponho
pai, juiz e protetor.
Que me inspira mais um sonho
e faz de ti meu senhor.

Não permitas que eu pereça
sem viver na plenitude;
faz sim, com que eu mereça,
que eu sempre tenha atitude.

E que, no limite da vida
que eu te sorria mui grato;
por ter me dado o dom da lida
e conhecido o amor, de fato!