terça-feira, 29 de dezembro de 2015

CARTA PARA QUEM AMOU EM 2015


Este não foi um ano fácil, é verdade. Talvez porque tenha sido a própria contradição: demorou, ao mesmo tempo em que voou. E, já que a felicidade é estar onde se está (nem pensando em como será o futuro, nem vivendo do que foi o passado), você pode se sentir orgulhoso. Amor é entrega e é preciso coragem para abrir mão do medo. Quem amou em 2015 pode terminar o ano feliz.
Mesmo aqueles que amaram por uma hora. O ano tem mais de 8 mil horas, mas se uma delas foi de amor intenso – mesmo cego, mesmo burro, mesmo calado – valeu a pena. Porque amor não depende de tempo para ser eterno: se durou 15 minutos ou uma vida é amor, é o mesmo amor.
Também já pode sorrir quem sofreu de amor. Porque isso significa que amou. E amar sempre vale repetir, é um presente. Sofrer de amor faz de nós mais humanos, menos exigentes com a vida e mais certos de que não importa o sofrimento que vai chegar depois: viver é sobre se permitir arriscar.
Termine o ano leve se você ainda ama. Se amou a mesma pessoa desde janeiro, você venceu a pior das armadilhas da rotina: fazer com que o amor se torne tão banal quanto o café da manhã ou o beijo de boa noite. Exercitar o amor é amar sem medidas.
Ter amado mais a si mesmo também é motivo de festa. O convívio mais difícil é o único que não podemos evitar. Relacionamentos terminam, amizades se diluem, paixões esfriam. Mas olhar no espelho é todo dia. Ser gentil consigo e se perdoar é todo dia. Se você conseguiu encarar os seus olhos e sentir verdade no que viu e tem a sensação de estar mais perto de você do que no último réveillon, comemore.
Celebre o amor que sentiu pelos seus amigos. Todas as vezes que se apaixonou pela personalidade de alguém que jamais imaginou gostar, as gargalhadas que dividiu com desconhecidos cúmplices, os carinhos que recebeu depois da saudade quase te afogar. Cada garfada de um prato feito com carinho, todo presente que ganhou sem esperar, as energias positivas que se permitiu mandar para alguém que não esperava. As conquistas suadas de todos os dias, a alegria que sentiu pela promoção de um colega, a sombra que traz um pouco de alívio no calor.
Comemore, sobretudo, se você entendeu que amor não é um relacionamento. É um sentimento que faz tão bem a quem emana quanto a quem recebe. Amor é um jeito de ver a vida que às vezes se confunde com o jeito que vemos alguém. Ainda bem.
http://www.curiosidadeanormal.com/carta-para-quem-amou-em-2015/

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Espirito de Natal

Tem Natais que acontecem de dentro prá fora.
E tanto faz se é dezembro ou agosto;
Já outros, não tem nada de especial.
É caso de um ledo desgosto.

Puramente comercial!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Inspiração


Se vai tentar
 siga em frente.
 Senão, nem comece!
 Isso pode
significar perder namoradas
 esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.
 Pode significar ficar sem comer por dias,
 Pode significar congelar em um parque,
 Pode significar cadeia,
 Pode significar caçoadas, desolação...
 A desolação é o presente
 O resto é uma prova de sua paciência,
 do quanto realmente quis fazer
 E farei, apesar do menosprezo
 E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.
 Se vai tentar,
 Vá em frente.
 Não há outro sentimento como este
 Ficará sozinho com os Deuses
 E as noites serão quentes
 Levará a vida com um sorriso perfeito
 É a única coisa que vale a pena.
Charles Bukowski

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Algumas Chuvas

 

Algumas chuvas lavam a alma da gente.
Afogam as mágoas passadas,
umedecem os sonhos açucarados
e enxugam as lágrimas cadentes.


Então vem o sol. Cheio de orgulho!
Só prá mostrar que a vida continua.

Apesar das poças, do entulho,...

sábado, 14 de novembro de 2015

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Sentir é a Melhor Parte

Num mundo de fast food,
faz de conta e flor melosa;
Surge uma borboleta
que voa todinha prosa.

Voa por que é primavera,
colorida, obra de arte;
Serena, feito quimera e
altiva como estandarte.

Num ímpeto de ousar:
Frágil qual baluarte,
enaltece cada eriçar;
Pois sentir é a melhor parte.

Nem sonha que é inspiração,
devaneio ou vã miragem.
Pois que fez-se coração,
da alma virou tatuagem!

domingo, 8 de novembro de 2015

Inspiração



O QUE ME AGRADA DE TEU CORPO É O SEXO
O QUE ME AGRADA DE TEU SEXO É A BOCA
O QUE ME AGRADA DE TUA BOCA É A LÍNGUA
O QUE AGRADA DE TUA LÍNGUA É A PALAVRA (CORTÁZAR)

Aklla

Auto Inquisição

Pois então você olha a tela. Esta tataraneta da inquisição. Pensa, repensa e não sai nada. Há um abismo entre o que você queria expor e aquele monte de teclas.
Fica uma sensação de impotência misturada com cheiro de café passado na hora.
Ah, tem passarinhos lá fora, que ignoram por completo a minha falta de capacidade de dizer coisas simples e cotidianas.
Eles são felizes. Precisam de pouco e mesmo assim, mesmo sem saber, gratuitamente nos dão tanto!


Feito pássaro, calado eu canto
(escondido num canto da vida);
As vezes riso, as vezes pranto.
Tanto faz. Acordar é lida!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Pecar ou não Pecar?

Então acordamos pela manhã, tomamos nosso café, olhamos a internet. Um breve "oi" aos amigos. O relógio cobra os minutos a mais na cama.
Mas a dúvida da noite anterior permanece: Afinal, o que é o pecado?
A humanidade viveu os últimos dois mil anos sob as leis de uma constituição semi bárbara e altamente punitiva de país nenhum.
Como não pecar ou pecar menos? Onde fica o limite entre o certo e o errado? Quão tênue é esta linha?
Se eu me preparar mais e ganhar mais do que preciso para sobreviver? É pecado?
E sorte e azar? Se eu achar dinheiro na rua é sorte minha, mas azar de quem perdeu. Deus verá que fiquei com o dinheiro?
Se continuar questionando assim, será que deixarei de ir para o céu?
Não seria o pecado algo de dentro prá fora, e não apenas um conceito interpretado do que o outro acham sobre como devemos agir coletivamente?
É certo que alguns pecados merecem ser cometidos, outros não. Nossa criação nos mostra quais sim, quais não.
Indo agora para o trabalho. A dúvida continua comigo feito chiclet's grudado no canto direito inferior do cérebro.

Serei eu um pecador contumaz?

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Entrelinhas

Nos versos que escrevo
pouco a pouco me descrevo.
Em entrelinhas me exponho,
o que sou e o que suponho.
Em metáforas distorcidas,
as experiências vividas.
Os Pontos de exclamação:
Suspiros de um coração.
As vírgulas, coitadinhas:
Do caminho são as pedrinhas.
E as unidas reticências:
O desenrolar das vivências.
Interrogações desoladas:
Para as dúvidas da estrada.
Aspas, parênteses e grifados
a exaltar os apaixonados.
E, um ponto final bem conciso.
É agora o que eu mais preciso.

Indisciplina


Ele fala “A”, eu entendo “A”, não concordo porque penso “B, C, D”, um alfabeto inteiro de devaneios e metáforas desaforadas que ouso despejar. 
Juro que queria ser uma gueixa doce e cordata, tento, mas quando vejo as palavras já me escapuliram... pura falta de trato de dono dizendo firme: Quieta! Junto!

Aklla

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Inspiração


    "Dai-me a alegria. Do poema de cada dia. 
    E que ao longo do caminho. 
    Às almas eu distribua. Minha porção de poesia". 

    Mário Quintana

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O Tempo

As vezes o tempo nos recicla, as vezes não. Somos humanos e erramos e acertamos com uma frequência desmedida. O que a gente não repara na hora é que o tempo passa numa velocidade desenfreada.
Na verdade somos reféns de um silencioso relógio que não para nunca numa estrada de mão única. Via de regra não temos a oportunidade de cometermos duas vezes o mesmo erro.
Cazuza dizia que o tempo não para e não para mesmo. Hoje eu me arrependo dos erros que deixei de cometer por pura parcimônia de viver cada momento, acender um cigarro em cada fagulha, dançar cada tango, gafieira ou valsinha. Mas arrependimento é um sentimento pequeno e vivemos em busca de sermos mais nobres ante as verdadeiras obscenidades que a vida nos apresenta.
As vezes conseguimos, as vezes não. Eu chamo isso de erros e acertos. E você? Como lida com isso?

Hoje começamos uma nova fase neste espaço e convidamos quem venha nos visitar a divagar, opinar, repensar e interagir. 
Estamos certos?
Talvez. Isso é o que menos importa. O que conta é externarmos estes fragmentos que nos assolam. Que invadem a mente e causam verdadeiros rebuliços interiores.
Vem conosco,... 
Anarquize-se!