quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sobre Poetas e Lápides


Os versos não vertem mais
da fonte farta de outrora.
A terra seca do agreste
invadiu meu ser com tamanha fúria;
com tanto ímpeto;
Que os versos meus não vertem mais,
nem lágrimas há nos olhos do poeta.
Vaga a esmo esta alma torta,
cuja sorte lançada não vingou.
Resta a lembrança doce e
este azedo fardo.
Cujo passar do tempo não diminui o peso.
E a lápide fria e cruel deverá conter:
"Aqui Jaz o poeta e toda a sua inspiração".

Um comentário:

Serpente Angel disse...

Pra sempre. Ainda é tempo de tantas andanças. Ainda é cedo. (eu sei que eu tenho) um jeito estúpido de amar..., mas nenhum poema é amor passado,
nenhuma lápide guardará o poeta
se estiver eternizado num coração.
(talvez) haja amnésia nas (ou) em algumas letras.
Mas a inspiração do poeta está para além dos olhos da morte.

PRA SEMPRE.

beijos