Feito gado
o pobre coitado
de trapo surrado,
peito suado,
sapato apertado,
sonho roubado e
olhar enganado.
Vagarosamente
vai votando, vai;
Com jeito de sofrimento,
uma réstia de lamento,
na ferida, o velho unguento,
e um trago de canha,
como alimento.
Será que vai ser desta vez?
Que o pobre vai virar gente?
O calcanhar já dormente.
Eita sol que está quente!
Confundiram-no com um demente.
Mas é pobre, mas é descente.
E calado se orgulha:
-- Vou votar para presidente!
o pobre coitado
de trapo surrado,
peito suado,
sapato apertado,
sonho roubado e
olhar enganado.
Vagarosamente
vai votando, vai;
Com jeito de sofrimento,
uma réstia de lamento,
na ferida, o velho unguento,
e um trago de canha,
como alimento.
Será que vai ser desta vez?
Que o pobre vai virar gente?
O calcanhar já dormente.
Eita sol que está quente!
Confundiram-no com um demente.
Mas é pobre, mas é descente.
E calado se orgulha:
-- Vou votar para presidente!
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