Somos um produto ainda em fase de construção, fruto das amizades que temos, do universo que nos rodeia, das lembranças, vivências e sobrevivências.
domingo, 31 de julho de 2011
Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
(Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 26 de julho de 2011
Sobre Anjos e Harpas
Anjos cantarolavam uma melodia feliz e branda
notas prateadas emanavam de suas harpas douradas.
Doces acordes,
linda cantiga.
Ah, não fosse outro sonho!
Destes que se sonha acordado,
entre um pensamento e outro.
Espaço suficiente para que eles voassem
felizes e pródigos.
No incalculável limite de um olhar perdido.
notas prateadas emanavam de suas harpas douradas.
Doces acordes,
linda cantiga.
Ah, não fosse outro sonho!
Destes que se sonha acordado,
entre um pensamento e outro.
Espaço suficiente para que eles voassem
felizes e pródigos.
No incalculável limite de um olhar perdido.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
O Futuro
O futuro começa no próximo segundo,
tenha em mente que você jamais terá uma segunda chance de
viver este momento.
Viva-o então com sabedoria suficiente para que seja
uma boa recordação.
Extraia da vida as lições, as alegrias e os pensamentos positivos.
As mazelas?
Deixe-as num canto onde possas lembrá-las sem que elas te sufoquem.
A vida é um grande filme de aventura e você foi convidado para ser o diretor, o roteirista e o ator principal.
Então, vá lá e faça o seu melhor!
domingo, 10 de julho de 2011
Sentimentos
Sinto a fome da carne,
na carne;
Sinto a sede da boca,
na boca;
Sinto saudades de ti,
em mim;
Sinto vontade de ter-te,
aqui.
Sinto a falta da carícia e,
malícia.
Sinto o som do teu gemer.
Prazer!
Sinto o tudo e o nada,
da estrada;
Sinto que nos perdemos.
Sofremos.
Sinto que ainda te amo.
-- E calado, reclamo!
domingo, 3 de julho de 2011
MONÓLOGO DOS MEIOS TERMOS
--- Não. Eu não tenho meios termos!
--- Ou tenho fome, ou estou saciado;
--- Ou estou feliz, ou estou triste;
--- Ou me amam, ou não sou amado.
--- Também não sei amar pela metade;
--- Não conheço meia entrega, meio beijo;
--- Sou feito de extremos.
--- Sou o que sou e, existo.
--- Se não é para mim, nem insisto.
--- Ou faço versos, ou tranco a porta.
--- Ou sou o tudo ou sou o nada.
--- Jamais seria o meio e, nem me importa
--- Sou o homem que ou ri ou chora. Para os seus.
--- Que te abraça ou que se afasta.
--- então, me dê a mão, ou diga Adeus!
--- Ou tenho fome, ou estou saciado;
--- Ou estou feliz, ou estou triste;
--- Ou me amam, ou não sou amado.
--- Também não sei amar pela metade;
--- Não conheço meia entrega, meio beijo;
--- Sou feito de extremos.
--- Sou o que sou e, existo.
--- Se não é para mim, nem insisto.
--- Ou faço versos, ou tranco a porta.
--- Ou sou o tudo ou sou o nada.
--- Jamais seria o meio e, nem me importa
--- Sou o homem que ou ri ou chora. Para os seus.
--- Que te abraça ou que se afasta.
--- então, me dê a mão, ou diga Adeus!
sábado, 2 de julho de 2011
Frases e Palavras
Eu tenho aqui, prontas, uma meia dúzia de frases, que nem de longe dizem o que eu queria falar de verdade. As palavras são vadias, nos traem e fogem quando mais precisamos delas.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Vivências
De galho em galho,
feito a ave perdida
nos encantos de fim
de orvalho,
fui pululando vida afora.
Estradas a dentro,
corações a esmo;
Olhares a deriva e,
pensamentos dispersos.
E assim, sem que eu percebesse
passaram-se os anos,
vieram as rugas,
foi-se o louro dos cabelos joviais.
Deram lugar ao cinza-vivência.
E estas palavras?
Elas nada mais são do que o resumo
de tantas andanças!
feito a ave perdida
nos encantos de fim
de orvalho,
fui pululando vida afora.
Estradas a dentro,
corações a esmo;
Olhares a deriva e,
pensamentos dispersos.
E assim, sem que eu percebesse
passaram-se os anos,
vieram as rugas,
foi-se o louro dos cabelos joviais.
Deram lugar ao cinza-vivência.
E estas palavras?
Elas nada mais são do que o resumo
de tantas andanças!
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