A Feira do Livro de Porto Alegre, promovida pela Câmara Rio-Grandense do Livro, e que já tem espaço reservado na agenda dos gaúchos a cada primavera, chega a sua 57ª edição com a expectativa de receber mais de 1.7 milhão de visitantes. Ocupará, mais uma vez, a já tradicional área da Praça da Alfândega,estendendo-se até o Cais do Porto, entre os dias 28 de outubro e 15 de novembro. Maior evento do mercado livreiro das Américas a céu aberto e com entrada franca, recebe autores e convidados de vários outros estados e países.
Somos um produto ainda em fase de construção, fruto das amizades que temos, do universo que nos rodeia, das lembranças, vivências e sobrevivências.
sábado, 29 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
SONETINHO FUJÃO
Um poeminho fugiu de casa.
Foi visitar, sorrateiro,
sua musa inspiradora.
E feito soneto faceiro,
Pegou carona numa brisa mansa;
Brincou de voar feito criança.
Afagou as donzelas da rua,
espiou uma guria nua.
Depois beijou sua diva
Deu meia volta e voltou
Fê-la sentir-se viva.
Sorriu para ele e cantou,
(virou música de bar)
e uma lágrima arriscou!
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Sonho Bom
Eu sonho com a vida dentro da vida.
Com o fruto, o rebento.
Eu sonho com o amor batendo na porta
e cantando músicas de ninar.
Eu sonho com um mundo melhor
para nossos filhos e netos,...
domingo, 16 de outubro de 2011
Passagem
O velho perambulava cabisbaixo
rua afora.
Decorara cada pedra do caminho
ao longo dos anos.
Fluiam lembranças de outrora
num turbilhão de minuto;
Nem poesia, nem loucura;
apenas pensamentos desordenados
no tempo.
ao longe um aceno de alguém
que já partira.
Era agora, objeto de seu destino.
E assim se fez a passagem, num simples
sorriso de canto de boca.
Ou seria apenas o último delírio?
rua afora.
Decorara cada pedra do caminho
ao longo dos anos.
Fluiam lembranças de outrora
num turbilhão de minuto;
Nem poesia, nem loucura;
apenas pensamentos desordenados
no tempo.
ao longe um aceno de alguém
que já partira.
Era agora, objeto de seu destino.
E assim se fez a passagem, num simples
sorriso de canto de boca.
Ou seria apenas o último delírio?
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Ciranda da Bailarina
(Pela criança que fomos um dia),...
Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho*
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem
Procurando bem
Todo mundo tem...
(Chico Buarque)
domingo, 9 de outubro de 2011
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Cecília Meireles
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Cecília Meireles
domingo, 2 de outubro de 2011
De Dentro Para Fora
Falam-me tanto de Deus.
Mas falam-me de um Deus de fora prá dentro,
porquê não um Deus de dentro prá fora?
Eu quero é ser sujeito da oração,
não um termo pejorativo,
um coletivo imensurável
ou um pretérito imperfeito.
Cada um de nós é anjo, Deus e demônio.
É só uma questão de ponto de vista,
oportunidade e, acima de tudo
"atitude"!
Se eu não plantar a semente,
quem há de me dar o pão?
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