As folhas do branco papel
amarelam com o tempo.
O poema não!
O amor que outrora havia
não sobreviveu ao outono.
O poema sim!
Os sonhos que nos eriçavam,
velejam agora, á deriva.
Os poemas não!
Os planos, desejos e anseios
não encontraram guarida.
Os poemas sim!
E se sobreviver é inspiração,
se acordar-se é fome de vida:
Poema é pão!
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