quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vermelho Vinte E Sete (Das antigas)

"Jogo no pano... jogo... feito! Vermelho 27!"
Esse homem que hoje passa maltrapilho
Fracassado no seu traje furta-cor
Um dia já foi homem, teve amigos,
Teve amores, mas nunca teve amor
Soberano da roleta e da campista
Foi sua majestade o jogador!
Vermelho vinte e sete
Seu dinheiro mil mulheres conquistou
Vermelho vinte e sete
Seu dinheiro tanta gente alimentou
Um rio de champagne sorrindo derramou
E a sua mocidade em fichas transformou
"Jogo no pano...jogo...feito! ... Vermelho 27!"
Vermelho vinte e sete
Quando a sorte caprichosa o abandonou
Vermelho vinte e sete
Cada amigo num estranho se tornou.
Os ossos do banquete aos cães ele atirou,
A vida honra tudo,
Num lance ele arriscou...
"Jogo...jogo...feito! Preto 17!"
Deu preto dezessete
Nem um cão entre os amigos encontrou!

(Nelson Gonçalves)

 
 
Havia uma pessoa que sentiu muita dor. E ela adorava esta música.
Hoje não está mais entre nós, mas eu lembro perfeitamente,
por que foram tantas as vezes que eu a ouvi cantar
que seria impossível esquecer.
Onde quer que você esteja mãe,
beijo grande em você!

2 comentários:

Eu Ana disse...

E temos que aproveitar enquanto elas estão perto, vivas, vale a pena renunciar um pouco da gente para dar a elas o que sempre nos deram incondicionalmente...Amor!

Serpente Angel disse...

Sabe de uma coisa? Somos abençoados por sermos (chamados) poetas, sabe porque? somos o sol, a dualidade dos sentidos, a gente confunde, se confunde, diverte-se, e chora...
Somos (malucos?), somos poetas, e quando lemos verdades em poetas, ficamos assim, INERTES. Você descreveu o ciclo, o inevitável ciclo, esse ciclo cheio de bifurcações, eterna dúvida, espelhos e possibilidades, tão bom se a gente pudesse intimidar essas verdades tão cheias de canduras, mas somos fenda, fenda de uma pauta que dói, que sente, e se decepa em mil possibilidades, mas nenhuma delas trará, às vezes eu penso que viver é um suicídio eterno.

EU já disse que adoro as tuas partilhas poeticas? disse? mas direi outra vez...
Minha imaginação cheira a cheio.
_______________ahhhhhhhh.
Miragem boa é isso. Quando a vida imita a arte ou a arte imita a vida?
Vermelho 27? Preto 17? devo dizer que eu aposto sempre nos ímpares, nos improváveis, porque talvez eu seja adepta das rimas tortas, dos caminhos insanos, despretenciosa (mente)
Miragem é isso,
de ser homem e continua menino,
de se deixar ir ao sabor do destino...

um homem é feito de peito
peito que aleita-o e se deixa ser leito
um homem é feito de colo
um homem (quer) colo
e carinho


e é lindo quando é assim,
menino,
ternura...
poesia...

Um beijo.
Parabéns!