sábado, 21 de novembro de 2009

Phoênix


Sou ave.
Sou suave.
Sou ágil e
um tanto frágil.
Vôo com o coração,
sou emoção.
Sou uma lenda.
Me desvenda!
Sou fogo, sou cinzas, renascer,
acreditar, levantar.
Suavemente pousar, avidamente
pulsar.
Sou um misto de sentimentos,
sem lamentos.
Sou mulher!

À uma grande amiga que mora longe e perto.
(Longe na geografia mas perto demais no sentimento de amizade que compartilhamos)

domingo, 15 de novembro de 2009

Tragos de Vida

E é no sonho da lida,
na lembrança da querência,
que sorvo outro trago de vida
da garrafa da existência.

E esta instável bebida
as vezes tem gosto de fel;
Quando nem mais apetece
Fica doce feito mel.

Tem cor de arrependimento,
licorosa como saudade,
um Q de contentamento,

Mas tem amor de verdade,
um cadinho de carmim.
Pena que está no fim!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Soneto da Saudade

E se voltasse o tempo de outrora
mergulharia nos braços da senhora,
contemplando teu sorriso radiante
feito amparo do meu ser errante.

Sem palavras te diria dos meus dias
Sem reclamar narraria as noites frias.
Falaria da saudade a martelar no peito
e só depois te afagaria no teu leito.

Sorririas sem censura ou arremedos
respeitando cada um dos meus medos.
Cada tentativa de ser forte.

E eu, inerte. Esqueceria a própria morte.
Esqueceria a vida, o sonho e a dor
em busca do teu tão precioso amor!