domingo, 16 de outubro de 2011

Passagem

O velho perambulava cabisbaixo
rua afora.
Decorara cada pedra do caminho
ao longo dos anos.
Fluiam lembranças de outrora
num turbilhão de minuto;
Nem poesia, nem loucura;
apenas pensamentos desordenados
no tempo.
ao longe um aceno de alguém
que já partira.
Era agora, objeto de seu destino.
E assim se fez a passagem, num simples
sorriso de canto de boca.
Ou seria apenas o último delírio?

3 comentários:

Elma disse...

Gostei do espaço, é claro.
Ah... não quero ficar velha assim, sem presente e vivendo apenas do que fui.
Valeu lindão.
Beijooo

Anônimo disse...

Desde que li,pela 1 vez este,me toca fundo,mas fundo...
Beijossssssss

Dorei disse...

Gostei muito do cantinho, da conversa que acabamos de ter e do texto. Me deu uma nostalgia, apesar de ser para fazer olhar para adiante, as palavras nos fazem ver os reflexos do que passou, dos almoços de domingo com a família, ou das travessuras que sentimos saudade e aqueles parceiros não estão aqui para nos dar a mão num convite para uma nova aventura...
Só me resta é me tornar uma velhinha bem assanhada para terminar assim... Com um sorriso 'diferente' no canto da boca.

Beijinhos, querido!