segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quando Vai-se a Infância

Se era domingo ou chovia lá fora
eu não haveria de lembrar.
Sei que foi de supetão,
como o estrondo de um trovão.
A realidade malvada, desta vida
desgarrada,
batera-me forte no rosto.
Deixara-me tonto de uma tristeza
cujas lágrimas sequer brotaram.
Num segundo apenas, de crueldade secular
morreram todas as fadas,
foi-se o coelhinho e,
acabou-se o bom velhinho.
Tanta fantasia e tantos motivos
por lutar ruiram então;
Secretamente eu sabia,
que a vida jamais seria a mesma.
Os sonhos viraram fardos;
E os pesadelos mais sofríveis
agora pareciam canções de ninar!

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