Não sou o bem.
Nem sou o mal.
Tampouco o fiel da balança.
Sou algo entre o céu e a terra.
(Não subiu e nem desceu)
Sou criatura a deriva,
feito nau na tempestade.
Sou vento que não passou,
Chuva que não molhou.
Sou tantas coisas sem nada ser.
Um poema que esqueceram de escrever,
a lágrima que não verteu,
um adeus que não bastou.
É, sou e não sou um universo à parte,
mas trocando em miúdos:
Eu sou o amor que não vingou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário