terça-feira, 30 de novembro de 2010

Finalmente,...

A ciência revela com provas o resultado de um amor não correspondido,...


Você ainda tem alguma dúvida?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Trigueiro

Eu te sonho em cada leitura.
Cada verso é um suspiro ousado,
cada vírgula tua,
            (o querer me apura).
Em cada linha, me ponho eriçado.

E eu te sonho em cada amanhecer,
nos dormires, nas noites de solidão.
Imagino-me a, em meus braços, te ter,
Cantando mudos, uma mesma canção.

Eu te sonho, assim, sorrateiro,
sem teu nome revelar.
Pois que, me fazes arteiro,

por tanto e tanto, te desejar;
E em teu jeitinho trigueiro
quero por fim, despertar!

domingo, 28 de novembro de 2010

Com "V" se Escreve:

Vida I

Ah vida, vida,
estranha vida.
Não vou te rimar
com sofrida.
Faço versos dos caminhos
Faço dos versos guarida.
Se não fossem os passarinhos,
Não fosse a paixão desmedida,...
Eu cá com dragões e moinhos,
Suando as vestes na lida;
Sonhando em sonhos, carinhos,
chorando mil despedidas!

 Versos

Nos versos que escrevo
pouco a pouco me descrevo.
Em entrelinhas me exponho,
o que sou e o que suponho.
Em metáforas distorcidas,
as experiências vividas.
Os Pontos de exclamação:
Suspiros de um coração.
As vírgulas, coitadinhas:
Do caminho são as pedrinhas.
E as unidas reticências:
O desenrolar das vivências.
Interrogações desoladas:
Para as dúvidas da estrada.
Aspas, parênteses e grifados
a exaltar os apaixonados.
E, um ponto final bem conciso.
É agora o que eu mais preciso.

Vento

Assisto o vento!
De camarote.
Se antes foi brando
também teve ímpetos.
Viajou por vales,
beijou o mar,
prosseguiu na noite
assistiu o amanhecer.
Renaceu enfim!

Se calmo: Brisa;
Se chora: Chuva;
Se outrora: Foi-se;
Se vindouro: Afronta;
Se bravo: Tempestade;
Se circula: Rodamoinho;
Se abandona: Saudades!

Quisera eu, num sonho qualquer,
ser pé de vento.
Destes que alça vôo sem destino.
Só pelo prazer, só pelo ventar.
Beijar tua face e partir.
Trazer o perfume da flor,
levar,entranhado,  teu sabor.
Andar por aí, só por andar,...
como num pensamento à-toa.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Amor Quando Se Revela

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..
Fernando Pessoa

Amores e Jardins


Eu não preciso te perdoar.
Vc não precisa me pedir perdão.
Imagine nossos sonhos como um jardim.
Regue as Flores.
Cuide para que elas creçam lindas,
cheias de perfume exalando pelo ar.
Não deixes crescer as ervas daninhas
do ciúmes, da dúvida e da incerteza.
Nenhum jardim resiste  ileso;
as flores não crescem se não houver
amor na mão de quem as planta!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ínterim


Por vezes as palavras tentam em vão descrever o indescritível, decifrar o indecifrável ou desvendar o indesvendável. E é justamente neste ínterim que esconde-se toda a beleza de cada palavra não dita,...

Há momentos em que o "não dizer" pertence somente aos mais sábios!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desabafo de Poeta

Ainda há pessoas que sofrem por amor,
que choram por paixão,
que se inquietam e põe-se a parir
lágrimas de sofrimento.

E é triste e belo este sentimento.
Triste pois, que ninguém deveria
sofrer por outrem;
Belo, por que descobri que as
pessoas ainda dão-se o direito de
amar.

Hoje eu vi alguém chorar por um amor
duvidoso e incerto,
daqueles que talvez sequer germinem.
Mas o mais importante de tudo isso
é que eu descobri que a humanidade
tem cura sim!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aconteceu Comigo,...


Uma vez alguém tocou meu coração com tanta intensidade que eu sequer tive tempo de perceber que estava sendo protagonista do verdadeiro milagre do amor.
E como rélis ser humano que sou, só me dei por conta quando nada mais poderia ser feito para manter vivo este sentimento.

Quero-quero


Quando me falta o chão.
                (desespero);
Se me some a inspiração,...
                (eu espero);
Descompassa o coração,
                (e sincero):
Verte seca,
uma lágrima solitária
mescla de saudade e paixão.
                (te venero)!
Borbulham cenas de tesão,
e sucumbo no tanto que ainda,...
                 (te quero).
E se noutros braços passeias
buscando uma nova emoção,
    (despedaçado eu tolero);


E hoje:
Vôo sem pouso certo. Sem razão,
feito um perdido quero-quero!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tu Não Sabes

Tu não sabes a falta que me fazes
nem o vazio que deixastes.
Talvez sequer me leias,
mas meus escritos sobreviverão a mim e,
em cada linha,
cada frase,
cada palavra enfim,
vai um cadinho de perfume.
O mesmo perfume teu,

que impregnastes
em minh'alma!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Fadas

Se era domingo ou chovia lá fora
eu não haveria de lembrar.
Sei que foi de supetão,
como o estrondo de um trovão.
A realidade malvada, desta vida
desgarrada,
batera-me forte no rosto.
Deixara-me tonto de uma tristeza
cujas lágrimas sequer brotaram.
Num segundo apenas, de crueldade secular
morreram todas fadas,
foi-se o coelhinho e,
acabou-se o bom velhinho.
Tanta fantasia e tantos motivos
por lutar ruiram então;
Secretamente eu sabia,
que a vida jamais seria a mesma
Os sonhos viraram fardos
E os pesadelos mais sôfregos
agoram pareciam canções de ninar!