Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Somos um produto ainda em fase de construção, fruto das amizades que temos, do universo que nos rodeia, das lembranças, vivências e sobrevivências.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Passeios
E nos passeios que invento,
imaginando trajetos;
Tem um tanto de relento,
de outono, folhas mortas,
e um outro tanto de vento.
Tem lugares prá passear;
Igreja, pracinha e lago.
(Brincar, brincar e brincar).
Por-do-sol e chimarrão.
Lembrar o guri de outrora,
noventa por cento emoção
No decote das senhoras
vai toda a imaginação.
Ah, os passeios que invento,
e todos os que relembro
me caem como alimento.
A cada novo dezembro.
sábado, 27 de agosto de 2011
Ser Guri
Eu quero a rua da minha infância
que vive ainda na memória.
As brincadeiras de roda,
Cordão de calçada e estórias.
paixão pela vizinha,
pegar na mão de mansinho e
futebol no campinho.
Eu quero soltar pandorga,
Jogar bolita e pescar no Guaíba.
Sonhar com o futuro,
sentar no muro.
Andar por aí sem medo.
Subir o morro logo cedo.
Ver na face da minha mãe
aquele ar de aprovação.
Aquela doce emoção!
Eu quero ser sempre o menino
que brincou de ser feliz.
Que gostou da professora
Que sonhou sonhos incríveis;
Cresceu num piscar de olhos
mas mantém acesa a chama,
a lembraça e a saudade.
Que despertou a vontade
de voltar a ser guri.
sábado, 20 de agosto de 2011
Curva da Vida
A paixão não tem medida,
nem tampouco o desamor.
já não existe mais pressa,
sumiu, por inteiro o temor.
A pressa ganhou uma ruga,
E a urgência derreteu.
Feito gelo. Não vingou.
Feito flor que pereceu.
Foi-se embora o frenesi;
Levaram os meus brinquedos.
Vieram muitas respostas
para aplacar os meus medos.
Veio experiência, veio paz,
surgiu um olhar perene.
Nasceu também a saudade
e tudo ficou tão solene.
nem tampouco o desamor.
já não existe mais pressa,
sumiu, por inteiro o temor.
A pressa ganhou uma ruga,
E a urgência derreteu.
Feito gelo. Não vingou.
Feito flor que pereceu.
Foi-se embora o frenesi;
Levaram os meus brinquedos.
Vieram muitas respostas
para aplacar os meus medos.
Veio experiência, veio paz,
surgiu um olhar perene.
Nasceu também a saudade
e tudo ficou tão solene.
Se
Se na casa, lembranças,
Se na rua, esperanças.
Se relembro, lamento,
Se já sei, reinvento.
Se entristeço, me calo,
Se sorrio, me abalo.
Se sonho, acordo,
Se durmo, recordo!
Se amanhece, lamento,
Se prossigo, tormento.
Se amo, coração,
e se nem amo, solidão!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Haicais Matinais
sábado, 13 de agosto de 2011
E Viva a Copa e as Olimpíadas no Brasil
NOME ESCOLHIDO PELO MINISTÉRIO DO ESPORTE E TURISMO. Melhor Impossível.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Ex-Trada
Contemplo teu amor estático
a enfeitar meu passado.
Relembro meu amor enfático
que bocejou desvairado.
Contemplo, relembro;
Sigo? Paro? Não sei!
Tiro os olhos do retrovisor.
Miro insano a estrada íngreme.
Esta se oferece á minha frente
(feito noite eterna)
e me sussurra coisas.
"Coisas que jamais ouvira antes"!
a enfeitar meu passado.
Relembro meu amor enfático
que bocejou desvairado.
Contemplo, relembro;
Sigo? Paro? Não sei!
Tiro os olhos do retrovisor.
Miro insano a estrada íngreme.
Esta se oferece á minha frente
(feito noite eterna)
e me sussurra coisas.
"Coisas que jamais ouvira antes"!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Presente
O futuro?
Amanhã talvez,...
E o passado?
O passado é um jardim
que rego na memória.
Hoje é presente!
Sente?
Tem vida, cheiro de verde,
água na bica e poesia.
Precisa mais?
Amanhã talvez,...
E o passado?
O passado é um jardim
que rego na memória.
Hoje é presente!
Sente?
Tem vida, cheiro de verde,
água na bica e poesia.
Precisa mais?
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Frutos
Viver e trabalhar,
trabalhar e viver.
Mas, entre meios
amar.
Pois que, sem imprimir amor
nada do que plantamos pelo caminho
haverá de brotar.
E não existe algo mais triste
do que um caminhar por solos áridos.
Sem frutos à distribuir no final.
trabalhar e viver.
Mas, entre meios
amar.
Pois que, sem imprimir amor
nada do que plantamos pelo caminho
haverá de brotar.
E não existe algo mais triste
do que um caminhar por solos áridos.
Sem frutos à distribuir no final.
Coisa prá dar,...
--- O tio. Tem coisa prá dar? Me perguntam do portão.
--- Hoje não tem nada. Afirmo da porta.
E elas seguem rua abaixo batendo nas casas. Cachorro do lado, boneca encardida no braço, sonhos desconhecidos na mente e quem sabe quantas tristezas no peito.
E tem sido assim a anos. Elas cresceram, trouxeram irmãs menores,
num ritual de tristeza e realidade que as vezes me corta o peito.
O que o futuro reserva para estas pessoinhas que a sociedade esqueceu?
Eu não sou a favor de dar-se o peixe, mas podíamos (sociedade) ensinar a pescar.
Ensinar os pais destas crianças a não beneficiarem-se desta tenra infância que passa na lida duvidosa e informal.
Podíamos tanto. Queríamos tanto. Nada fazemos enfim!
Talvez por que não sejam os nossos filhos que batem nas portas dos outros na esperança de uma simples refeição decente.
E elas seguem rua abaixo batendo nas casas. Cachorro do lado, boneca encardida no braço, sonhos desconhecidos na mente e quem sabe quantas tristezas no peito.
E tem sido assim a anos. Elas cresceram, trouxeram irmãs menores,
num ritual de tristeza e realidade que as vezes me corta o peito.
O que o futuro reserva para estas pessoinhas que a sociedade esqueceu?
Eu não sou a favor de dar-se o peixe, mas podíamos (sociedade) ensinar a pescar.
Ensinar os pais destas crianças a não beneficiarem-se desta tenra infância que passa na lida duvidosa e informal.
Podíamos tanto. Queríamos tanto. Nada fazemos enfim!
Talvez por que não sejam os nossos filhos que batem nas portas dos outros na esperança de uma simples refeição decente.
sábado, 6 de agosto de 2011
Rodapé
Semi inerte,
feito moribundo
ou um tanto vagabundo;
(Tanto faz)!
Eu lia as notícias do dia.
- Quantos morreram.
- Tantos acidentes.
- Dúzias de incidentes.
- As desgraças iminentes.
E foi daí que ocorreu-me:
E sobre o perfume das flores?
O nascimento de um amor?
O desabrochar de um poema?
Estes não valem sequer uma
pequena notinha de rodapé?
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Amanheceu Chovendo
Quando amanhece chovendo, o cinza da rua
nos remete à uma tristeza quase coletiva.
É como se os amores de todos nós tivessem
ido embora.
No entanto,
foi apenas o sol que não veio trabalhar!
"As vezes ficamos extremamente tristes
por coisas que simplesmente ainda não
nos foi permitido compreender."
nos remete à uma tristeza quase coletiva.
É como se os amores de todos nós tivessem
ido embora.
No entanto,
foi apenas o sol que não veio trabalhar!
"As vezes ficamos extremamente tristes
por coisas que simplesmente ainda não
nos foi permitido compreender."
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
O Canteiro
As primeiras rosas
trazem as lembranças
que o seu perfume marcou.
Em cada pétala escondem-se
os segredos todos
de momentos ímpares.
Até os espinhos
cumprem sua parte.
Lembrando os dissabores
Nos canteiros da casa ao lado
há tanta história à ser contada.
Tanto da vida de tantos,...
Quisera ser o passarinho,
que carrega as fofocas entre uma
flor e outra,
feito indiscreto carteiro
vai e vem, vem e vai.
Nem se cansa! E assim,
todas as flores do bairro sabem de tudo.
Ou quase tudo, enfim,...
Que a verdade é bicho que não se permite
ser dividida sem que aumentem um cadinho
aqui ou ali,...
trazem as lembranças
que o seu perfume marcou.
Em cada pétala escondem-se
os segredos todos
de momentos ímpares.
Até os espinhos
cumprem sua parte.
Lembrando os dissabores
Nos canteiros da casa ao lado
há tanta história à ser contada.
Tanto da vida de tantos,...
Quisera ser o passarinho,
que carrega as fofocas entre uma
flor e outra,
feito indiscreto carteiro
vai e vem, vem e vai.
Nem se cansa! E assim,
todas as flores do bairro sabem de tudo.
Ou quase tudo, enfim,...
Que a verdade é bicho que não se permite
ser dividida sem que aumentem um cadinho
aqui ou ali,...
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