E Veio o dia,
sorrateiro;
No poste um passarinho,
festeiro;
Passa a carroça do pão,
ah, o cheiro!
Ladra o cusco ao pangaré,
rotineiro!
Nem lembro se era junho
ou janeiro;
Talvez dois pares de décadas,
tão ligeiro.
Cena que a memória guardou
em cativeiro.
E graças ao bondoso sabiá,
trigueiro,
é que volto no tempo e, liberto.
Neste exato momento;
Sou nostálgico carcereiro!
Um comentário:
Certas lembranças afagam a alma! Parabéns Poeta, pelo sensível poema! abraços...
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