Somos um produto ainda em fase de construção, fruto das amizades que temos, do universo que nos rodeia, das lembranças, vivências e sobrevivências.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Pintura
Pintas o detalhe
do detalhe
do detalhe;
e no abstrato da retina,
a mão, por vezes menina,
com uma leveza traquina,
Vem zoando da realidade,
brincando com a beleza
e pregando peças sutis.
Pintas o imperceptível.
E, por pintá-lo, na tela
imaginária e bela,
é que crias
este mundo melhor.
E contagias num sem pensar
a todos que te cercam!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Adeus à Fada
Eis que num dia, como noutro qualquer,
nasce um adeus. Fruto dos defeitos meus;
Filho dos vários "eus".
E antes que eu pudesse falar de amor,
descrever a dor,
ela se foi,...
Tão rapidamente quanto houvera chegado,
deixando em mim um legado,
levando um suspiro ofegado;
E os versos de agora?
São lamentos pelo "outrora",
daquele todo, uma parte.
E a parte que agora parte,
leva consigo a beleza da arte
e o dom de sonhar com fadas.
Resta ao poeta umas poucas
páginas rasgadas,
cuja poeira
certamente fará companhia
no fundo d'alguma lixeira!
sábado, 25 de dezembro de 2010
Férias
Um abraço carinhoso à todos aqueles que cumpriram a risca os preceitos natalinos, trabalharam durante um ano inteirinho e, agora vão ao merecido recarregamento de baterias. Até o Papai Noel merece uma prainha. Não é mesmo?
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Sina
De sina triste o poeta
descreve tantos amores.
De sonhar, se locupleta,
esconde os próprios temores.
Restou-lhe a lua de prata
da musa, a boa lembrança.
um amigo vira-lata,
e quase nenhuma esperança.
Do verso inacabado,
da rima que vai a deriva,
surgem traços de tristeza.
D'algum sonho rejeitado;
da alegre face da diva;
da vida, a falsa leveza!
descreve tantos amores.
De sonhar, se locupleta,
esconde os próprios temores.
Restou-lhe a lua de prata
da musa, a boa lembrança.
um amigo vira-lata,
e quase nenhuma esperança.
Do verso inacabado,
da rima que vai a deriva,
surgem traços de tristeza.
D'algum sonho rejeitado;
da alegre face da diva;
da vida, a falsa leveza!
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Rosa Colhida
Paralelas são as linhas
que não se tocam jamais,
que seguem sempre juntinhas;
Mas na vida, busca-se mais.
que não se tocam jamais,
que seguem sempre juntinhas;
Mas na vida, busca-se mais.
Duetos são os versinhos
nascidos em mais de uma mão,
carregados de carinhos,
prenuncios de uma paixão.
A Fada é a criatura
que dos contos vêm à vida,
exuberante em ternura;
Das crianças, a preferida,
Ao poeta, a diva fulgura.
É musa. É rosa colhida!
nascidos em mais de uma mão,
carregados de carinhos,
prenuncios de uma paixão.
A Fada é a criatura
que dos contos vêm à vida,
exuberante em ternura;
Das crianças, a preferida,
Ao poeta, a diva fulgura.
É musa. É rosa colhida!
sábado, 18 de dezembro de 2010
Lamentos
Acaba o encanto,
silencia meu canto.
Foi tão pouco este "tanto",
e sufoco meu pranto.
Houvesse uma história,
houvesse um momento;
A ficar na memória.
Mas resta o lamento.
De tudo o que não será,
de tudo o que sonhei.
A flor que não nascerá.
Os versos que murmurei,
O amanhã que não haverá
e a rima que dediquei!
silencia meu canto.
Foi tão pouco este "tanto",
e sufoco meu pranto.
Houvesse uma história,
houvesse um momento;
A ficar na memória.
Mas resta o lamento.
De tudo o que não será,
de tudo o que sonhei.
A flor que não nascerá.
Os versos que murmurei,
O amanhã que não haverá
e a rima que dediquei!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Arco-Íris
Se te decepcionaram,
se te mentiram,
se por algum motivo alguém feriu teu coração.
Se as pessoas que te rodeiam não atendem as
tuas expectativas,
se em algum momento você amou e não houve
reciprocidade.
Se as vezes você se sente uma ilha e nada
vê a sua volta.
Tenha em mente que na vida tudo são ciclos,
que basta apenas um único gesto para te cativar,
que um olhar pode dizer mais que mil palavras e,
que na estrada da vida, após a próxima curva
pode haver um mundo novo, repleto de atitudes surpreendentes
e seres iluminados.
Que sempre haverá uma recompensa no fim do arco-íris, mas ela
só é ofertada àqueles que Veem com os olhos do coração e que
a buscam com real empenho.
Basta apenas não desistir jamais.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Sonho Bom
O poeta contempla a musa.
No contemplar, adormece;
Acorda nos braços da amada,
sente seu cheiro, o calor,...
e o desejo é tanto
(nasce um primeiro beijo)
que mal consegue conter-se,
mal crê, mal vê;
mas fica inerte saboreando
cada sensação.
Dispara-lhe o coração,
suor nas palmas das mãos.
(Feito menino).
E entregue a esta paixão
ele acorda mansamente.
E tudo teria sido apenas um sonho,
não fosse o sabor dos lábios da musa
a permanecer em sua boca beijada.
No contemplar, adormece;
Acorda nos braços da amada,
sente seu cheiro, o calor,...
e o desejo é tanto
(nasce um primeiro beijo)
que mal consegue conter-se,
mal crê, mal vê;
mas fica inerte saboreando
cada sensação.
Dispara-lhe o coração,
suor nas palmas das mãos.
(Feito menino).
E entregue a esta paixão
ele acorda mansamente.
E tudo teria sido apenas um sonho,
não fosse o sabor dos lábios da musa
a permanecer em sua boca beijada.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Sobre Andanças e Saudades
E eu, em vão, te procurei.
Na noite vazia, a esmo andei
e, a cada passo dado,
uma dúvida e uma certeza.
A Dúvida:
Serás tu, finalmente, a minha
diva mulher?
A Certeza:
Tu me cativas como jamais
alguém cativou-me.
E foi assim que o cansaço todo,
de cada passo dado,
em metamorfose involuntária,
tenaz e voluptuosa
virou fagulha desta saudade
que incendeia o peito do poeta!
Na noite vazia, a esmo andei
e, a cada passo dado,
uma dúvida e uma certeza.
A Dúvida:
Serás tu, finalmente, a minha
diva mulher?
A Certeza:
Tu me cativas como jamais
alguém cativou-me.
E foi assim que o cansaço todo,
de cada passo dado,
em metamorfose involuntária,
tenaz e voluptuosa
virou fagulha desta saudade
que incendeia o peito do poeta!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Eu Sou, Eu Penso
Eu sou aquele homem que esqueceu a data;
Que perdeu a hora e atirou o próprio
relógio na lixeira.
Eu sou aquele que ousou falar sobre
os temas polêmicos, proibidos.
Sou um homem que não viveu impune
e nem desviou dos perigos.
Sou e fiz tantas coisas nos
caminhos que trilhei,...
Que a própria biografia pareceria
mera ficção.
Ou não. Tanto faz!
Aprendi tanto e tanto tentei ensinar.
Muitas vezes gritei sem ser ouvido
e calei ante a indiferença.
Eu só não aprendi a não amar;
Não sei ainda como lidar
com esta falta absoluta de razão
que teima em assolar este peito
carcomido pelo tempo.
Que perdeu a hora e atirou o próprio
relógio na lixeira.
Eu sou aquele que ousou falar sobre
os temas polêmicos, proibidos.
Sou um homem que não viveu impune
e nem desviou dos perigos.
Sou e fiz tantas coisas nos
caminhos que trilhei,...
Que a própria biografia pareceria
mera ficção.
Ou não. Tanto faz!
Aprendi tanto e tanto tentei ensinar.
Muitas vezes gritei sem ser ouvido
e calei ante a indiferença.
Eu só não aprendi a não amar;
Não sei ainda como lidar
com esta falta absoluta de razão
que teima em assolar este peito
carcomido pelo tempo.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Sob Lençóis e Devaneios
Sob alvos lençóis
tu ocultas meus anseios.
Entre a tua penumbra
e os meus devaneios.
Sonhos chegam,
Sonhos vão-se.
Embalam,
acalentam,
provocam e
instigam!
Sem o mínimo pudor.
Sem falsas moralidades,
nem grilhões da alma.
Trazem somente amor!
Da esperança faz-se a luz,
faz-se um fio de esperança.
e mansamente me induz.
Eis que volto a ser criança.
Pois que, este sonho requer,...
Para, nos braços da fada
e sob os alvos lençóis,
desvendar a mulher!
tu ocultas meus anseios.
Entre a tua penumbra
e os meus devaneios.
Sonhos chegam,
Sonhos vão-se.
Embalam,
acalentam,
provocam e
instigam!
Sem o mínimo pudor.
Sem falsas moralidades,
nem grilhões da alma.
Trazem somente amor!
Da esperança faz-se a luz,
faz-se um fio de esperança.
e mansamente me induz.
Eis que volto a ser criança.
Pois que, este sonho requer,...
Para, nos braços da fada
e sob os alvos lençóis,
desvendar a mulher!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Há Momentos
Há Momentos
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Surrado
Anoitecer,
esfriar.
Perceber,
Chuviscar.
Envolver,
Relembrar.
Adormecer e
quiçá sonhar!
E assim
conjugo verbos largados.
Absurdos, desmedidos.
Por vezes bradados,
incontidos.
Feito sina.
Que me faz andar a-toa,
retirando do lenço surrado,
mais um verso derrotado.
esfriar.
Perceber,
Chuviscar.
Envolver,
Relembrar.
Adormecer e
quiçá sonhar!
E assim
conjugo verbos largados.
Absurdos, desmedidos.
Por vezes bradados,
incontidos.
Feito sina.
Que me faz andar a-toa,
retirando do lenço surrado,
mais um verso derrotado.
Tudo Isso Por Te Amar
De tanto pensar em ti,
vou a lugares distantes;
Removo montanhas gigantes
e nem mesmo saio daqui.
De tanto querer você,
sorrio para o vazio;
Me sinto inteiro no cio.
E tu? Será que me lê?
E em tanto te desejar,
me vejo menino travesso;
Me sonho virado do avesso.
E tudo isso por te amar!
vou a lugares distantes;
Removo montanhas gigantes
e nem mesmo saio daqui.
De tanto querer você,
sorrio para o vazio;
Me sinto inteiro no cio.
E tu? Será que me lê?
E em tanto te desejar,
me vejo menino travesso;
Me sonho virado do avesso.
E tudo isso por te amar!
Por Você (Barão Vermelho)
Eu dançaria tango no teto
Eu limparia
Os trilhos do metrô
Eu iria a pé
Do Rio à Salvador...
Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria a prazo
Pro inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno...
Por Você!
Eu deixaria de beber
Por Você!
Eu ficaria rico num mês
Eu dormiria de meia
Prá virar burguês...
Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
A mesma mulher...
(...)
Composição: Roberto Frejat / Guto Goffi / Mauro Santa Cecília
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Toque Certeiro (Dueto)
O toque certeiro dos teus lábios;
Ah...minha boca na tua...
O leve roçar das tuas unhas;Minhas mãos na tua pele
Os sussurros insanos na hora do prêmio;O tremor na minha voz
O beijo gostoso que tu me dás;Nosso beijo molhado
O encaixe perfeito que somos nós;Nossos corpos fundidos
O calor do teu ventre a me envolver;Nossos desejos a aflorar
Teu olhar safado a se deliciar;Nós dois a nos extasiar
O cheiro de amor que exalamos nós;Nós dois a nos embriagar...de amor
E de prazer!
Gauss & Tanith
domingo, 5 de dezembro de 2010
Versinhos
Um cadinho de magia
e teu beijo caliente,
era tudo o que eu queria.
pois tu me deixas contente.
Tudo o que tens sonhado
e mais o tanto que desejo
há de ser liberado
após um primeiro beijo.
E os versinhos que te oferto
Tem um muito de querer;
Recebe-os de braços abertos,
que um sorriso há de verter.
Se este poeta te sonha
ele o faz bem de mansinho,
espero que não te oponha
e os receba com carinho.
e teu beijo caliente,
era tudo o que eu queria.
pois tu me deixas contente.
Tudo o que tens sonhado
e mais o tanto que desejo
há de ser liberado
após um primeiro beijo.
E os versinhos que te oferto
Tem um muito de querer;
Recebe-os de braços abertos,
que um sorriso há de verter.
Se este poeta te sonha
ele o faz bem de mansinho,
espero que não te oponha
e os receba com carinho.
À Fada III
Mesmo depois de despertar,
um belo sonho sonhei.
Te vi sorrindo acordar
e de leve, eu te beijei.
Sonhei que eras princesa,
sonhei que era teu rei.
De inconfundível beleza,
que em silêncio contemplei.
Mas tu, fada e desejos,
e poetisa, eu bem sei,
recebes todos meus beijos;
e tantos que em ti darei.
pois que, acordado almejo
Um amor como nunca amei!
um belo sonho sonhei.
Te vi sorrindo acordar
e de leve, eu te beijei.
Sonhei que eras princesa,
sonhei que era teu rei.
De inconfundível beleza,
que em silêncio contemplei.
Mas tu, fada e desejos,
e poetisa, eu bem sei,
recebes todos meus beijos;
e tantos que em ti darei.
pois que, acordado almejo
Um amor como nunca amei!
À Fada II
É para ti que murmuro coisas.
É dentro de ti que me sinto livre.
É tocando em tí que me eriço a-toa.
É por ti meu mais louco frenesí!
E tu, mescla de anjo e pecado,
corresponde a cada capricho meu.
Sim, tu és minha fada-mulher!
Meu jardim de bem-me-quer,...
Tua cama é meu porto;
Teu corpo é meu templo!
--- E o teu ventre?
Este é meu maior desatino!
É dentro de ti que me sinto livre.
É tocando em tí que me eriço a-toa.
É por ti meu mais louco frenesí!
E tu, mescla de anjo e pecado,
corresponde a cada capricho meu.
Sim, tu és minha fada-mulher!
Meu jardim de bem-me-quer,...
Tua cama é meu porto;
Teu corpo é meu templo!
--- E o teu ventre?
Este é meu maior desatino!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
À Fada dos Versos
Reverso?
Anverso?
E por pensar
demais
eu me disperso.
Desconverso,
em devaneios
submerso.
Perdido em teu
universo.
Aprocurar em
teus detalhes,
a nascente,
dos meus
versos!
Anverso?
E por pensar
demais
eu me disperso.
Desconverso,
em devaneios
submerso.
Perdido em teu
universo.
Aprocurar em
teus detalhes,
a nascente,
dos meus
versos!
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