Somos um produto ainda em fase de construção, fruto das amizades que temos, do universo que nos rodeia, das lembranças, vivências e sobrevivências.
sábado, 19 de outubro de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
Adormecido
O Mesclas adormeceu.
Talvez tenha hibernado,
ou quem sabe fora sonhar.
Pode ser mais uma preguiça,
ou cansara de gritar.
terça-feira, 28 de maio de 2013
João
Rotina de vinte e tantos anos.
Na vida e na lida, cabisbaixa vai;
Não fala um ai.
Cabisbaixa vem.
Não exclama um "poxa".
Não deseja ninguém.
Nem mesmo o porteiro João
que lhe espia as coxas
e suspira em vão.
Se o marido a trai:
Ela não diz um "ai";
Se o marido bebe:
Mesmo assim o recebe.
Se o marido bate:
Óculos escuros de arremate.
Se o marido nem vem:
Ela não deseja ninguém.
Não desiste João,
a moça é honesta.
Tem um bom coração.
Fala com ela porteiro,
você que tanto a deseja.
E você é solteiro.
Na vida e na lida, cabisbaixa vai;
Não fala um ai.
Cabisbaixa vem.
Não exclama um "poxa".
Não deseja ninguém.
Nem mesmo o porteiro João
que lhe espia as coxas
e suspira em vão.
Se o marido a trai:
Ela não diz um "ai";
Se o marido bebe:
Mesmo assim o recebe.
Se o marido bate:
Óculos escuros de arremate.
Se o marido nem vem:
Ela não deseja ninguém.
Não desiste João,
a moça é honesta.
Tem um bom coração.
Fala com ela porteiro,
você que tanto a deseja.
E você é solteiro.
domingo, 12 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Poema das Sete Faces
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Vermelho Vinte E Sete (Das antigas)
"Jogo no pano... jogo... feito! Vermelho 27!"
Esse homem que hoje passa maltrapilho
Fracassado no seu traje furta-cor
Um dia já foi homem, teve amigos,
Teve amores, mas nunca teve amor
Soberano da roleta e da campista
Foi sua majestade o jogador!
Vermelho vinte e sete
Seu dinheiro mil mulheres conquistou
Vermelho vinte e sete
Seu dinheiro tanta gente alimentou
Um rio de champagne sorrindo derramou
E a sua mocidade em fichas transformou
"Jogo no pano...jogo...feito! ... Vermelho 27!"
Vermelho vinte e sete
Quando a sorte caprichosa o abandonou
Vermelho vinte e sete
Cada amigo num estranho se tornou.
Os ossos do banquete aos cães ele atirou,
A vida honra tudo,
Num lance ele arriscou...
"Jogo...jogo...feito! Preto 17!"
Deu preto dezessete
Nem um cão entre os amigos encontrou!
(Nelson Gonçalves)
Esse homem que hoje passa maltrapilho
Fracassado no seu traje furta-cor
Um dia já foi homem, teve amigos,
Teve amores, mas nunca teve amor
Soberano da roleta e da campista
Foi sua majestade o jogador!
Vermelho vinte e sete
Seu dinheiro mil mulheres conquistou
Vermelho vinte e sete
Seu dinheiro tanta gente alimentou
Um rio de champagne sorrindo derramou
E a sua mocidade em fichas transformou
"Jogo no pano...jogo...feito! ... Vermelho 27!"
Vermelho vinte e sete
Quando a sorte caprichosa o abandonou
Vermelho vinte e sete
Cada amigo num estranho se tornou.
Os ossos do banquete aos cães ele atirou,
A vida honra tudo,
Num lance ele arriscou...
"Jogo...jogo...feito! Preto 17!"
Deu preto dezessete
Nem um cão entre os amigos encontrou!
(Nelson Gonçalves)
Havia uma pessoa que sentiu muita dor. E ela adorava esta música.
Hoje não está mais entre nós, mas eu lembro perfeitamente,
por que foram tantas as vezes que eu a ouvi cantar
que seria impossível esquecer.
Onde quer que você esteja mãe,
beijo grande em você!
segunda-feira, 22 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
O Pulso,...
O Pulso
Titãs
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...
Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticercose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia...
E o pulso ainda pulsa
E o pulso ainda pulsa
Hepatite, escarlatina
Estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo
Esquizofrenia
Úlcera, trombose
Coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes
Asma, cleptomania...
E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Assim...
Reumatismo, raquitismo
Cistite, disritmia
Hérnia, pediculose
Tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide
Arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie
Cãibra, lepra, afasia...
O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco
Pulso
Pulso
Pulso
Pulso
Assim...
Titãs
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...
Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticercose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia...
E o pulso ainda pulsa
E o pulso ainda pulsa
Hepatite, escarlatina
Estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo
Esquizofrenia
Úlcera, trombose
Coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes
Asma, cleptomania...
E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Assim...
Reumatismo, raquitismo
Cistite, disritmia
Hérnia, pediculose
Tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide
Arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie
Cãibra, lepra, afasia...
O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco
Pulso
Pulso
Pulso
Pulso
Assim...
segunda-feira, 8 de abril de 2013
sábado, 6 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Perdido
Perdido entre o certo e o errado,
nestes becos da vida, eu comungo
com pecados e milagres.
Ainda não sei quem sou,
mas independente disso,
sigo a esmo numa trilha
que levar-me-á onde eu não sei.
Desconheço os atalhos,
caminho sozinho,
e se não houver lua
nem estrelas.
que haja uma única centelha
um pavio de esperança.
Para iluminar a caminhada.
sábado, 30 de março de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Mescla
Mescla os teus versos aos meus.
Faz com que cada verso sonoro
traduza o inenarrável,
o indizível.
E que cada rima se torne
indivisível.
quarta-feira, 27 de março de 2013
terça-feira, 26 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Passeio
E nos passeios que invento,
imaginando trajetos;
Tem um tanto de relento,
de outono, de folhas mortas.
E um outro tanto de vento.
Tem lugares prá passear;
Igreja, pracinha e lago.
(Brincar, cantar e bradar).
Por-do-sol e chimarrão.
Lembrar o guri de outrora,
noventa por cento emoção
No decote das senhoras.
vai toda a imaginação.
Ah, os passeios que invento,
e todos que vou fazer;
me caem como alimento.
No Porto de meu viver!
domingo, 24 de março de 2013
Teu Nome
E eu bradei ao vento,
em vão, o teu nome.
Bradei, cansei, repeti;
De meus olhos nasceram
lágrimas de saudade,
e teu nome balbuciei.
Mesclado ás lembranças
dos momentos em que
fomos unos.
Bradei, cansei, dormi.
E em sonho teu nome chamei.
Me sorrias e acenavas um Adeus.
De sobressalto acordei.
Ainda era breu e eu
estava só.
Por fim, sobraram recordações.
Doces recordações cujos flashes
permanecem intactos na memória.
E em cada um deles, brado
teu nome aos ventos.
Mesmo que jamais venhas
a atender meus chamados!
em vão, o teu nome.
Bradei, cansei, repeti;
De meus olhos nasceram
lágrimas de saudade,
e teu nome balbuciei.
Mesclado ás lembranças
dos momentos em que
fomos unos.
Bradei, cansei, dormi.
E em sonho teu nome chamei.
Me sorrias e acenavas um Adeus.
De sobressalto acordei.
Ainda era breu e eu
estava só.
Por fim, sobraram recordações.
Doces recordações cujos flashes
permanecem intactos na memória.
E em cada um deles, brado
teu nome aos ventos.
Mesmo que jamais venhas
a atender meus chamados!
sexta-feira, 22 de março de 2013
Finitos
Somos finitos!
E, por sabe-lo,
devemos caprichar em dobro
amar em dobro,
suspirar em dobro.
Enfim,
vivermos até a exaustão.
E, por sabe-lo,
devemos caprichar em dobro
amar em dobro,
suspirar em dobro.
Enfim,
vivermos até a exaustão.
quinta-feira, 21 de março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
Sobre Fugas e Luxúrias
Se eu não puder gritar,
se eu não puder fugir.
Se eu nem puder sentir,
ou simplesmente falar.
É por que o mundo mudou,
é por que o sonho morreu.
É que o amanhã não vem,
o que era mal virou bem.
Já não sou o mais seleto,
nem tampouco iluminado.
Talvez, um tanto incorreto;
Talvez, o ainda secreto
que deita-se com a luxúria
e morre mais a cada fúria.
terça-feira, 19 de março de 2013
Orvalho
Vivia eu, por intermináveis momentos
das palavras que tão bem ornavas,
devaneios, desvarios, sentimentos
diretamente em meu ser, sussurravas.
Eis que surge a inércia da razão
a iluminar o doce da penumbra amante,
de soslaio, dissolve-se a sedução
inimiga sórdida, vil e inconstante.
Mas se desagrada-te em meu existir
meu jeito estranho de amar
milhões de estrelas ainda haverão de sorrir
quando a lua tristonha fugar.
E eu, sereno e grisalho,
chorarei por tua ausência.
Tal gota, fria, de orvalho
das noites de minha querência!
segunda-feira, 18 de março de 2013
Bilhetinho
Nos versinhos que a ti dedico
vai um pouco do meu ser.
Vão lembranças, vão carinhos
e a vontade de te ter.
Vai um sorriso singelo,
um beijo de amanhecer.
Um afago em teus cabelos
e a saudade de te ver.
Também mando um bilhetinho
escrito com muito ardor.
Dizendo que eu te desejo,
falando do meu amor.
vai um pouco do meu ser.
Vão lembranças, vão carinhos
e a vontade de te ter.
Vai um sorriso singelo,
um beijo de amanhecer.
Um afago em teus cabelos
e a saudade de te ver.
Também mando um bilhetinho
escrito com muito ardor.
Dizendo que eu te desejo,
falando do meu amor.
domingo, 17 de março de 2013
Lembrança Boa
Vai ser uma lembrança boa.
daquelas de sorrir na velhice
cada vez que se relembra.
As pessoas da roda de chimarrão
sem saber, interrogarão:
--- O que foi?
E com um brilho safado no olhar,
direi:
--- Nada não!
sábado, 16 de março de 2013
Vinil
Eu ainda sinto o tátil do vinil,
os amigos chegando,
alegrias sinceras estampadas
nas faces tão jovens.
E trinta anos se foram,
como quem vai na esquina
comprar pão e leite.
As vezes volta,
mas as vezes não volta
nunca mais!
sexta-feira, 15 de março de 2013
Papel
Ah papel,
tu devias ser espelho
e refletir minha'lma.
Mas tu te pões inerte,
e me abandonas á deriva.
Deixas-me à própria sorte.
Esperando o outono,
um aceno que venha do norte
ou este auto abandono.
Ah papel, papel,...
quero brigar contigo,
quero bradar impropérios.
Quero,
desquero,
quero e
requero.
Mas ainda falta-me o ímpeto!
tu devias ser espelho
e refletir minha'lma.
Mas tu te pões inerte,
e me abandonas á deriva.
Deixas-me à própria sorte.
Esperando o outono,
um aceno que venha do norte
ou este auto abandono.
Ah papel, papel,...
quero brigar contigo,
quero bradar impropérios.
Quero,
desquero,
quero e
requero.
Mas ainda falta-me o ímpeto!
domingo, 10 de março de 2013
Amarras
Hoje me desfiz de algumas amarras,
e para cada saudade que fica
morre uma rima.
Entristecido poeta
de versos infames.
Onde foram parar teus sonhos?
Em que porto atracaram?
Ou afundaram no mar revolto?
Se alguém souber estas respostas
não precisa mandar não.
Basta não incidir nos mesmos erros!
e para cada saudade que fica
morre uma rima.
Entristecido poeta
de versos infames.
Onde foram parar teus sonhos?
Em que porto atracaram?
Ou afundaram no mar revolto?
Se alguém souber estas respostas
não precisa mandar não.
Basta não incidir nos mesmos erros!
IMORTAL
Surge um rebento,
Recém chegado,
Tão inocente,
Pouco experiente,
Muito curioso.
Recém chegado,
Tão inocente,
Pouco experiente,
Muito curioso.
Se há destino?
Quem sabe!
Todavia, missão sim;
Abstrata eu sei.
Quem sabe!
Todavia, missão sim;
Abstrata eu sei.
Tornamo-nos imortais assim.
Vendo em nossos filhos
uma continuidade infinda,
Que permanece quando perecemos,...
Vendo em nossos filhos
uma continuidade infinda,
Que permanece quando perecemos,...
E depois, e depois e, sempre;
E daqui a mil anos quem sabe;
Alguém há de existir e,
Sem ao menos ter noção
Que é a continuidade deste poeta!
(Escrito a 30 anos atrás)...
E daqui a mil anos quem sabe;
Alguém há de existir e,
Sem ao menos ter noção
Que é a continuidade deste poeta!
(Escrito a 30 anos atrás)...
sábado, 9 de março de 2013
Mais ou Menos/Construção
Não vou aceitar que me ditem regras.
O que devo dizer, com quem falar;
Não vou curvar a espinha,
hoje eu quero é sair da linha.
Cometer aquela loucurinha
que adiei desde criancinha.
E se eu beber demais,
se eu fumar demais,
se eu falar demais,
e se eu errar demais,...
É sinal que antes do furacão
eu vivi de menos!
O que devo dizer, com quem falar;
Não vou curvar a espinha,
hoje eu quero é sair da linha.
Cometer aquela loucurinha
que adiei desde criancinha.
E se eu beber demais,
se eu fumar demais,
se eu falar demais,
e se eu errar demais,...
É sinal que antes do furacão
eu vivi de menos!
Nelson Rodrigues
Deus está nas coincidências.
Invejo a burrice, porque é eterna.
O brasileiro, quando não é canalha na véspera, é canalha no dia seguinte.
Só o inimigo não trai nunca.
Sem paixão não dá nem pra chupar um picolé
Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas.
Amar é dar razão a quem não tem.
Toda a unanimidade é burra
"Se os fatos são contra mim, pior para os fatos."
Até os canalhas envelhecem.
Com sorte vc atravessa o mundo, sem sorte vc não atravessa a rua.
Qualquer um de nós já amou errado, já odiou errado.
Toda mulher bonita,é namorada lésbica de si mesma.
100 ANOS DE NELSON RODRIGUES
sexta-feira, 8 de março de 2013
Solidão
Quando as palavras não vertem
e os sentimentos se esvaem,
(por pirraça).
É sinal que a vida pregou mais uma peça
sem graça!
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